Veja a entrevista e Palestra na Campus Party 2013, com Buzz Aldrin, conheça a relação entre o Homem e o boneco. Saiba mais sobre a Lua e a Missão Apollo 11...
Neil Armstrong, Michael Collins (no meio) e Edwin "Buzz" Aldrin
Buzz é um únicos dos Astronautas ainda vivos até hoje, para contar a própria história e aventura. Um homem incrível e com ótimo senso de humor.
Buzz continua ativo contribuindo até hoje como um dos principais defensores da exploração espacial. Sua contribuição para as missões da NASA foi além desenvolvendo técnicas de treinamento para AEV (atividade extraveicular) e mecanismos de acoplagem para as naves espaciais.
Vejamos algumas curiosidades sobre a vida de Buzz Aldrin, o segundo homem a pisar na Lua... que só não pisou na Lua primeiro, porque Neil Armstrong estava " mais perto da porta" , segundo ele mesmo gosta de brincar...
A palestra mais esperada da sexta edição da Campus Party Brasil 2013 aconteceu na tarde de 29 de Janeiro.
Apresentado pelo co-fundador do evento, Paco Ragageles, e pelos criadores do site Jovem Nerd, Alexandre Ottoni e Deive Pazos, o astronauta americano Buzz Aldrin foi recebido com empolgação pelo público que lotou o Palco Principal da #CPBR6.
O começo
“Eu tinha dois anos quando voei pela primeira vez. Meu pai era engenheiro e piloto. Mais tarde, me tornei um oficial das Forças Aéreas. Lutei na Guerra da Coreia, onde cumpri 66 missões de combate e derrubei várias aeronaves inimigas. Estava em alerta na Alemanha durante a Guerra Fria. Aí a União Soviética lançou o Sputnik. Em resposta, os Estados Unidos criaram a NASA para alcançar o espaço. Em 1961, o presidente Kennedy foi avisado de que demoraria 15 anos para conseguirmos levar um homem para a Lua. Ele teve coragem e lançou o desafio de fazermos isso até o fim da década. Nós não tínhamos o conhecimento, mas tínhamos um líder decidido e com visão. Eu queria fazer parte disso. Voltei e continuei meus estudos. Fiz doutorado no MIT e tentei entrar duas vezes. Na segunda, entrei”.
A viagem
“Antes de entrar na nave, eu conseguia ver o sol e as ondas na praia lá de cima. Eu tive tempo para pensar em como a vida tinha sido boa e me colocado no lugar certo na hora certa. Durante a viagem, nós nos sentimos o tempo todo conectados com a Terra. A comunicação com Houston acontecia com frequência. Antes de entrar em órbita na Lua, rodamos durante 3 horas para o check-list. O ponto mais crítico foi o pouso. Sem ele, nós não completaríamos a missão. Passamos um tempo procurando o local certo para pousar e gastamos quase todo o combustível. Tínhamos apenas 15 segundos de combustível quando pousamos”.
(Dizem que esta foto tão famosa e muito divulgada no mundo todo pelos EUA,
não passa de uma montagem, devido ao equipamento ter sombra e o astronauta não ter.
E a bandeira jamais estaria tremulando no vácuo)
A chegada na Lua
“A primeira coisa que pensei foi que a Lua era uma desolação magnífica. Não havia nenhum sinal de vida e era uma total escuridão sem o Sol. Nós tiramos fotos, fizemos experimentos, coletamos rochas, exploramos. Mas meu maior orgulho foi colocar a bandeira americana no solo lunar”.
O trabalho em equipe
“Quando trabalhamos juntos alcançamos o impossível. Nada disso teria acontecido sem o trabalho e o esforço de muita gente. Apollo 11 é a história de pessoas trabalhando unidas por um único objetivo. Para mim, o grande marco foi a história de inovação e trabalho em equipe, e não as rochas que recolhemos ou os experimentos que fizemos. Foi o sentimento de participação em algo maior. Representamos que, nos unindo como nação, alcançamos coisas inimagináveis. E eu sei que isso serve para vocês também. Sou a prova viva de que isso funciona”.
O retorno
“Voltar para a Terra foi difícil. Eu não tinha previsto o tamanho da notoriedade que a missão me traria. Eu saí do programa espacial e ninguém sabia o que fazer com o piloto que tinha ido à Lua. Eu me tornei uma espécie de celebridade. Foi nessa época que comecei a beber, os sintomas da depressão começaram a aparecer. Meu casamento acabou. Foi um período obscuro da minha vida. Quase uma década de improdutividade. Em 1978, eu tomei meu último drinque. E comecei a pensar que eu deveria usar a minha fama para ajudar o programa espacial da NASA”.
O próximo passo
“Acho que Marte é o próximo lugar que devemos alcançar. A sonda Curiosity está nos mostrando coisas que nunca tínhamos visto. Espero que isso comece a despertar nos jovens a vontade de ser pioneiro, de explorar outros planetas. Precisamos explorar mais os nossos limites. Mas para isso, precisamos de um líder e um programa. O aniversário de 50 anos do pouso na Lua será uma data muito importante e que poderia ser usada para divulgar um projeto desse tipo”.
(Buzz pretende lançar no mesmo ano o livro “Mission to Mars” e está trabalhando em projetos para a exploração de Marte por humanos).
A importância das missões espaciais
“Os soviéticos ficaram muito decepcionados quando nós chegamos primeiro na Lua. Eu acredito que o comprometimento que tivemos em realizar essa missão e o sucesso da nossa demonstração do que éramos capazes de fazer diminuíram a confiança deles. Algo fez com que eles mudassem sua maneira agressiva com o resto do mundo. Eu acho que fomos nós. Foi uma solução pacífica que evitou um desastre nuclear. Espero que possamos encontrar novas formas pacíficas de impedir futuras guerras nucleares”.
“Por meio da aventura no espaço, nós melhoramos a vida aqui na Terra. Várias tecnologias que usamos no cotidiano só surgiram por causa dos programas espaciais, como a TV, o GPS e o celular”.
O boneco "BUZZ" no Filme "Toy Story" da Disney, foi inspirado neste astronauta.
No ano anterior (2012) o Astronauta brasileiro Marcos Pontes, também esteve presente na Campus Party 5 e deu relato da aventura de ir à Lua em 30 de março de 2006, quando partiu em direção à Estação Espacial Internacional (ISS) a bordo da nave russa Soyuz TMA-8, com oito experimentos científicos brasileiros para execução em ambiente demicrogravidade.
E retornando no dia 8 de abril a bordo da nave Soyuz TMA-7.
Marcos Pontes foi o primeiro astronauta brasileiro, o primeiro sul-americano e o primeiro lusófono a ir ao espaço, na missão batizada "Missão Centenário", em referência à comemoração dos cem anos do voo de Santos Dumont no avião 14 Bis, realizado em 1906.
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